A muito
tempo atrás Ele entrou na minha vida. Quando foi eu não lembro bem. Ele sempre
esteve ali, perto de mim, mas um dia meus olhos passaram a vê-Lo de outra
forma.
Após o
seu convite eu disse sim. Na realidade não sei se fui eu que disse sim a Ele ou
Ele que disse sim para mim, mas o importante é que passamos a ser um.
Tivemos
muitos momentos bons mas devido a minha infantilidade muitas vezes o
decepcionei. Incrivelmente ele nunca desistiu de mim. Aguentou minhas manias,
minhas promessas não cumpridas, meus picos emocionais e permaneceu ali ao meu
lado todo dia. Dia após dia.
O tempo
passou. Eu cresci. Achei que sabia me virar sozinho. Olhei para o nosso
relacionamento e achei que era antiquado. Que era um atraso para minha vida.
Afastei-me
dele. Deixei-O de lado. Queria provar que era grande, crescido, que sabia me
virar sozinho e fui em busca do meu caminho.
Sempre
que olhava para trás Ele estava lá, de braços abertos e olhos
marejados, com um sorriso aberto nos lábios, como quem dizia: “eu
estou aqui”, mas eu fingia que não via e continuava.
Num dia,
caminhando pela estrada que trilhei, eu me vi perdido e ao pisar em falso eu
cai. Rolei despenhadeiro abaixo e senti meu corpo sendo ferido por espinhos,
pedras e farpas da descida.
Parei num
buraco escuro, frio e fundo...
Estava
machucado, estava com frio, com fome e com medo.
Em meio a
todas essas emoções e vazios em minha mente eu ainda me lembrava daqueles braços
abertos, olhos marejados e sorriso estampado, mas agora eu já estava
mais velho, tinha desperdiçado tanto tempo, impossível Ele me querer de volta.
Pensei em
desistir...
Agachei-me
naquela cova escura e comecei a chorar. Não eram apenas lágrimas, parecia que eu
chorava com o coração. Meu peito apertava, meu corpo doía. Toda a minha vida
estava ali, representada naquelas gotas de água que saiam dos meus olhos.
Em meio
ao desespero olhei pra cima e vi um reflexo de alguém... Não reconheci muito
bem quem era, mas aquele sorriso... Ah, aquele sorriso era inconfundível.
Estendendo a mão e pegando a minha, como num ‘pulo’ me tirou do buraco e me deu
um abraço. Seu abraço era tão bom que nem senti as dores da queda. Mas, como
pode? Era ele e, como pode me abraçar depois de tudo o que eu fiz? Como
apareceu ali, naquela hora, naquele momento?
Olhando
nos meus olhos, com aqueles lindos olhos marejados, ele me disse: “Eu
nunca sai de perto de você, eu nunca te deixei só!”
Levou-me
pra casa, tratou minhas feridas e desde então eu me reapaixono a cada dia mais
e mais por Ele.
Agora
você que leu essa história e se identificou com ela me diga: “Existe
possibilidade de não comemorar a data do nascimento do maior amor das nossas
vidas?”
Parabéns
Jesus! Obrigado por me amar. Obrigado por vir a terra e se entregar por mim.
Obrigado por me receber de volta. Obrigado por sorrir pra mim.
Na paz
d’Aquele que me fez saber que “Eu Não Estou Só”,
Felipe Heiderich
Otimo post...parabens
ResponderExcluirbjos
Lindo né rsrsr
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